sábado, 8 de outubro de 2011

tratamento

Naquela época, há 4 anos, iniciei um tratamento de choque... com medo, preocupada com o futuro, com poucos conhecimentos, me sentindo vulnerável, não busquei soluções diferentes àquelas que me foram apresentadas num primeiro momento... PULSOTERAPIA (terapia com bombas de cortisona, internações, etc) e INTERFERON ( "...são proteínas naturais produzidas pelas células do sistema imunológico em resposta à ameaça de agentes como vírus, bactérias, parasitas e tumores. São proteínas que combatem certas infecções virais e certos tipos de câncer. A maioria dos interferons não é derivada de sangue. Alguns são derivados de frações dos glóbulos brancos de sangue humano. São utilizados para tratar condições como a esclerose múltipla, câncer sistêmico, hepatite C e leucemia.").
As internações foram uma festa... minha principal companheira de quarto (fazendo justiça a uma amiga super exemplar - Dani Gumiero) e outros amigos preencheram os meus dias de internação com visitas, risadas, comidas, revistas, etc... A doença não regredia e nem crescia, então, não me sentia mal... mas tinha que ficar internada por causa da medicação ( nem todos os pacientes precisam da internação... podem tomar a medicação e voltar para casa, seguindo esta tarefa por alguns dias...). No meu caso, fiquei internada por 5 dias, durante 3 meses seguidos. Ao final do quinto dia, voltava pra casa e me sentia inchada, feia, doente.
Após a última internação, comecei a tomar o interferon. Quando me foi prescrito, utilizei a prioridade que os portadores de esclerose múltipla tem, que é a de pegar o remédio pelo SUS. Filas, espera, falta de remédio, mas, por fim, sempre conseguia. O interferon não pode ser comprado por qualquer pessoa. É remédio de altíssimo custo, sendo que cada injeção custa, em média, 500 reais. É necessário tomar 1 por semana. Minha médica me instruiu conhecer o Programa Bia (http://www.programabia.com.br/). Este programa leva uma enfermeira a sua casa para te ensinar a auto aplicar as injeções, além de te fornecer bolsas para transporte das injeções ( que precisam de geladeira e estar climatizadas), bolsas de gelo, revistas informando todas as novidades a respeito da doença, das pesquisas, etc... Aprendi a aplicar as injeções (que foram os momentos mais traumáticos de toda esta experiência) e a lidar com o dia seguinte: dores no corpo, febre, indisposição física, tristeza, etc...Depois de 2 dias, bola pra frente, trabalho, namoro, vida normal... esquecendo que, na semana seguinte, teria que passar por tudo isso, novamente...
Bom, outro dia conto como tudo mudou...
Até lá!
Mil bjos

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